pelo mundo

Desde 1987 Claudia proushan faz viagens de estudo e pesquisa nos seguintes países, onde esteve diversas vezes: Tibet, Nepal, Mongólia, China, Índia, Indonésia, Jordânia e Israel, sempre tendo como foco a fotografia e a aquarela.

Autora do livro Tibet, no coração do Himalaia, já em sua segunda edição, uma viagem fotográfica e espiritual ao Tibet com introdução de Philip Glass. E “Luzes da Galileia”, com introdução de Nilton Bonder.

Seu trabalho como aquarelista expressa o sagrado através de formas, cores e ritmos sutís, numa conexão que leva à mais pura manifestação do espírito.

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O Tibete "abre os nossos sentidos", escreve Cláudia num dos parcos textos de um livro basicamente fotográfico. Continua ela: "O contato com a sua tintura viva representou um divisor de águas no meu trabalho de fotógrafa e artista plástica. Tudo ali é clareza e vastidão”

  • Quando o Tibete não é auto-ajuda

    JAIME SPITZCOVSKY, FREE-LANCE PARA A FOLHA

    Poucos são os livros sobre o Tibete que, nas lojas, não terminam nas prateleiras de auto-ajuda, condenados a dividir espaço com textos de seriedade duvidosa. Outra característica recorrente em livros sobre a região do dalai-lama é a indisfarçável militância antichinesa, tratando quase sempre a questão tibetana apenas pelo prisma da disputa entre os budistas e o regime de Pequim. Em "Tibet, no Coração do Himalaia", a fotógrafa e artista plástica Cláudia Proushan deixa de lado os aspectos mais mercadológicos e mais políticos, para privilegiar imagens de uma das fatias mais fotogênicas do planeta.

    O Tibete "abre os nossos sentidos", escreve Cláudia num dos parcos textos de um livro basicamente fotográfico. Continua ela: "O contato com a sua tintura viva representou um divisor de águas no meu trabalho de fotógrafa e artista plástica. Tudo ali é clareza e vastidão". A artista sustenta que, por conta da influência exercida pelos tibetanos, "cores mais definidas também começaram a aparecer nas aquarelas".

    Cláudia Proushan fez três viagens ao Tibete entre os anos 80 e 90, em busca de "aperfeiçoamento artístico e espiritual". Embora o seu livro destoe da maré de best-sellers que transformam ensinamentos tibetanos em produtos de venda fácil, Cláudia evidencia desde o início sua simpatia pelo budismo, que passou a conhecer melhor ao acompanhar, em viagem, o lama (sacerdote budista) Gangchen Rimpoche.

    O lama Gangchen, num texto em "Tibet, no Coração do Himalaia", destaca o fato de o trabalho de Cláudia ter "contribuído para despertar o povo da América do Sul para a importância da antiga cultura espiritual da Ásia". E, num outro trecho, revela uma espécie de sincretismo alimentado pela autora: "Ela ainda conseguiu integrar com êxito a sabedoria do Himalaia a sua herança judaica".

    Entre fotos e aquarelas e com um prefácio do compositor norte-americano Philip Glass, "Tibet, no Coração do Himalaia" monta um atraente mosaico do "teto do mundo". Mas, ao derramar o foco sobre a etnia tibetana, deixa de lado a questão da tomada do território pelos chineses, praticamente ignorada nas páginas do livro. No leitor, pode despertar a curiosidade sobre a convivência entre as duas populações, como interagem, com suas tensões e disputas.

    Dar pouca ênfase à questão política desponta como um acerto de Cláudia, evitando que seu livro caia na vala comum da intensa militância anti-Pequim. Mas registrar cenas prosaicas do cotidiano de tibetanos e de integrantes da etnia han (grupo a que pertence a maioria dos chineses) teria sido uma interessante dádiva jornalística, que jogaria luzes num aspecto raramente explorado na maioria das obras sobre o Tibete.

    O regime comunista chinês ocupou militarmente a região a partir de 1950, e a resistência local se apóia na figura do dalai-lama, líder do budismo tibetano, Prêmio Nobel da Paz de 1989 e que vive exilado na Índia.

    Cláudia Proushan, em "Tibet, no Coração do Himalaia", montou um mosaico do "teto do mundo" que não precisou se apoiar na reverenciada figura do dalai-lama. A fotógrafa preferiu destacar cenas do cotidiano e da população. Também assim conseguiu escapar do lugar-comum.

Com muitas imagens, o livro traz pequenos textos que ajudam a entender detalhes de um lugar pequeno, mas que guarda grandes momentos da história da humanidade, sob um olhar sem julgamentos de todas as luzes que se acendem no Mar da Galileia.

  • Depois de duas viagens, cerca de 5.000 fotos e três anos de espera, a artista plástica e fotógrafa Cláudia Proushan comemora mais uma obra concretizada.

    O projeto gráfico do livro é de Victor Nosek.

    Muito ligada à espiritualidade e filosofia, Cláudia teve a ideia de fazer uma viagem ao Mar da Galileia para entender e conhecer um pouco mais as meditações ligadas ao judaísmo e à Cabalá. Encantada com a natureza e cultura local fez várias imagens retratando todas as belezas naturais e intelectuais encontradas na região.

    Como escreveu o Rabino Nilton Bonder para a introdução do livro, “capturar as luzes da Galileia é desvendar um dos centros místicos de nosso planeta”. Com muitas imagens, o livro traz pequenos textos que ajudam a entender detalhes de um lugar pequeno, mas que guarda grandes momentos da história da humanidade, sob um olhar sem julgamentos de todas as luzes que se acendem no Mar da Galileia.

a caminho…

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